Leitura Luz do Aprender



PRIMEIRA ANTOLOGIA DE LETRAS DE PAULO AFONSO - BA

O município de Paulo Afonso tem muitos poetas. A Academia de Letras de Paulo Afonso reúne mais de 20 deles e delas. Programas de incentivo à leitura e à escrita desenvolvidos no município também tem mostrado grande número de jovens que encontraram na poesia uma forma de colocar seus sentimentos.

A professora Carmem desenvolve projeto de leitura na Escola João Bosco Ribeiro, onde trabalha. O Projeto Leitura, Luz do Aprender também tem revelado talentos e 6 alunos colocaram seus poemas  na  Antologia de Santa Brígida e 4 alunos na Antologia de Porto da Folha.

 Pensando em dar oportunidade aos poetas e poetisas de Paulo Afonso, e como parte das comemorações do seu 15º aniversário que acontecerá no dia 5 de novembro de 2020, a Academia de Letras de Paulo Afonso - ALPA - está promovendo o lançamento da  Antologia de Poetas de Paulo Afonso, com o objetivo de reunir poetas e poetisas da ALPA e do município de Paulo Afonso trabalhando os seguintes temas:


O Projeto Leitura, Luz do Aprender

Alunos da escola João Bosco  Ribeiro que estão participando da   1ª Antologia de Poetas de Paulo Afonso, nos 15 anos da Academia de Letras de Paulo Afonso.


 


 



PAI

Uma palavra tão curtinha,

Tão cheia de sentimentos,

Significado diversos: PAI...

PAI aquele que cria,

Aquele que acalenta,

Que educa,

Provendo o sustento...

Pai não é só aquele que fecunda,

É principalmente aquele que ama, incondicionalmente...

Que tudo faz pelo filho,

Que é exemplo de retidão,

Compromisso cristão e social,

Aquele que caminha junto,

Que aconselha,

Que escuta e acolhe...

Pai é todo ser que afaga,

Que está presente no dia a dia...

Que vibra com o sucesso,

Que abraça no fracasso...

Pai é a mãe-solo,

Aquele que vive as duas funções...

É pai e mãe...

É PÃE ...

Pai é quem ama e cuida,

Não é o macho...

O procriador...

O fornecedor do sêmen...

Pai é a mão que afaga,

Os olhos que brilham,

As mãos que acaricia,

Os braços que acolhe,

O colo que nina...

O orgulho que estimula,

A voz que acalenta,

O sorriso que vibra...

Pai é o aconchego,

O alicerce do sim,

A firmeza do não,

A certeza do amor...

Pai é Deus,

Pai é você,

Pai sou eu,

Pai somos todos nós!

(Marajana Araújo)

1ª Antologia de Poetas de Paulo Afonso, nos 15 anos da Academia de Letras de Paulo Afonso.





A FONTE MÁGICA 

Robson Julião 

Mergulhei numa fonte de água mágica 
E voltei aos meus tempos de criança 
Brinquei diversas brincadeiras fantásticas 
Relembrando meus tempos de infância 

Ahh quanta brincadeira boa
A tecnologia deixou a vida a toa 
Como seria bom
Se as crianças de hoje
Brincassem como as de ontem 
Ahhn quanta brincadeira legal 
As brincadeiras de hoje tem a mão do mau
Como seria bom 
Se as crianças de hoje 
Pudessem viver como as crianças de antes
Como seria genial 

Sai da fonte voltei pra a realidade
As brincadeiras de hoje tem maldade 
Olhei pra fonte querendo mergulhar 
Minha vontade é de voltar 
Mas tenho que encarar os dias que me arde 
Viver na fonte é viver como um covarde

Como séria bom
Se as crianças de hoje
Pudessem brincar 
As brincadeiras que eu vivi
Como seria bom
Se os jovens de agora 
Pudessem viver
Os tempos de outrora 

Eu cresci sem internet 
Sem Google, sem Facebook 
Eu cresci sem Whatsapp
Sem Tinder
Oh Deus, nos ajude

27/02/2020, Robson Julião. Aracaju  - Sergipe .

Em qua, 11 de mar de 2020 14:34, Robson Juliao   
TODO FIM TEM O SEU LUGAR

Não me arrisco em dizer 
Não duvido em falar 
Todo final tem o seu lugar 

Eu sei o que estou a dizer 
Eu ouso falar 
Todo final tem o seu lugar 

Não importa a sua passagem 
Você terá o seu galardão 
Conforme a sua obra 
Nem sempre aqui se faz 
Aqui se paga
Você só terá a resposta no final 
Pra todo mundo o fim não é igual 
Um grande amor pode está a milhas de você 
Nem sempre um beijo é verdadeiro 
Tenha sempre o amor junto a você 
O beijo pode ser o sinal do traiçoeiro 

Todo fim tem o seu lugar 
O meu fim é está ao seu lado
Todo final tem o seu lugar
Eu estou por ti apaixonado 

Meu coração te habita
Meu coração é o seu lugar 
Já estive cansado da vida
Você veio me resgatar 

Todo fim tem o seu lugar 
Você curou a minha ferida 
Todo final tem o seu lugar 
O meu fim é para toda vida
Te amar 

Afinal 
Todo final tem o seu lugar 
Todo final tem o seu lugar 

08/03/2020, Robson Julião Pereira Santos

Em qua, 11 de mar de 2020 14:25, Robson Juliao  
PEDRA MALDITA 
(A ROTA SOMBRIA)

Você está diminuindo, desintegrando gradativamente
O que tem dentro de sua mente que te deixou demente?

Até quando vai ficar usando subprodutos?
Até quando vai permanecer nesse submundo?
Lata de cerveja vazia causando azia, matando a sede de viver
Cinzas de cigarro no peito tirando o direito de respirar
A barriga cheia da mistura impedindo a fome de amar
Perdendo todo o respeito e o direito de ser humano 
Tudo isso é um grande engano.

Até quando vai ficar fumando?
Até quando vai ficar se enganando?
Perdendo o respeito, saindo da sociedade
As pessoas falam e falam da sua mocidade
Da juventude escondida numa cortina de fumaça 
Do palhaço sem raça e sem graça

Até quando você vai ficar se humilhando? Pedindo? Mendigando?
Até quando você vai ficar fazendo avião? 
Até quando vai ficar nessa viagem, nesse vôo sem aterrissagem?
Piloto automático aprenda a dizer não 
Controle remoto não permaneça nessa direção
Não engula pilha, siga o coração, chega de tanta humilhação
 
Sai desse círculo e vem viver
Nesse circo sem picadeiro, o único palhaço é você 
Tire a máscara, não é carnaval
Nesse baile você dança e dança mal

Efeitos colaterais 
Derrubando soldados e generais
Efeitos colaterais
Derrubando soldados e generais

Perdendo amigos e amigas, criando inimigos, vivendo com a inimiga
Perdendo a esperança de ser o que tem que ser
Gerando desconfiança por uma pedra maldita
A árvore e seus frutos com seus efeitos colaterais
São subprodutos de um submundo de cegos e mudos 
Que não conseguem enxergar a um palmo do nariz
Que não se sentem capazes de dizer não ao que fazem
Caindo soldados e generais 
Perante qualquer patente,
Parentes e quem se achar mais

Efeitos colaterais
Efeitos colaterais
Do fruto dessa árvore que pouca gente acredita
Efeitos colaterais
Efeitos colaterais
Não desfrute dessa pedra maldita

A infantaria desesperada cercada por guerrilheiros
Permanece "firme", aguardando ajuda  
Não existe forte se não houver uma boa retaguarda em sua companhia
A família e amigos como uma excelente artilharia 
Furto, roubo, suspeito no convívio familiar
Vida sem sossego, tirando o conforto, destruindo lar
Crianças sem atenção, esposa e pais sem paz, todos choram pelo o que você faz
Pedra do mal - destruidora de lares
Pedra do mal - em todos os lugares

Agora me diz: 
- Qual o seu futuro, algo a vista?
Seja bem vindo à estatística - você estragou a sua vida
Seja bem vindo à estatística - você arruinou a sua vida

Movimentos cuidadosos como se tivesse pisando em campo minado. 
Você está condenado ao abismo nesse movimento sincronizado 

Fósforos, cinzas de cigarro, lata vazia
Pedra maldita causando azia
Mistura do mal - tirando alegria
Mistura do mal - causando agonia

Você 
Condenado, desempregado, frustrado, desolado, arruinado, enfebrado, indignado, humilhado, desfigurado.

Por
Tentação, maldição, ilusão, frustração, condenação, isolação, ambição, divisão, separação 

Não dá pra continuar com essa dor de cabeça 
Você não é insensível ao ponto de deixar esvair
Do outro lado da ponte tem a fonte da purificação 
Todos estão te esperando de peito aberto para o banho da renovação  

Não seja mais um asno e se um dia foi, foi por acaso
Mude, tente mudar, faça como ele
Tente também
Mude, tente mudar, ele conseguiu
Você conseguirá também

Cresça e apareça, a vida é bela, não se esqueça
Cresça, não se esqueça que a vida é bela e apareça

Efeitos colaterais
Derrubando soldados e generais 
Efeitos colaterais
Derrubando qualquer patente e quem se achar mais
Efeitos colaterais
Acabando com a paz 
Efeitos colaterais
Dessa pedra que tudo desfaz                                                    
Efeitos colaterais
Do fruto que pouca gente acredita
Efeitos colaterais
Não desfrute dessa pedra maldita

 20 de agosto de 2009. Robson Julião. Aracaju  - Sergipe

Em qua, 11 de mar de 2020 14:19, Robson Juliao  
Nome: Robson Julião PereiraSantos 
Pseudônimo: Robson Julião 
Nascimento:  05/11/1972  Estado Cívil: Solteiro 
Endereço: Rua Manuel de Oliveira Franca Nº 184
Bairro: Jardim Centenário Complemento: Loteamento Ângela Catarina 
Cep: 49091-043 Cidade: Aracaju - UF: SE
Fone: (79) 99131-5425 E-mail: 

Em qua, 11 de mar de 2020 14:16, Robson Juliao  
ROBSON JULIÃO PEREIRA SANTOS
É natural de Aracaju–SE. É funcionário público Estadual, lotado no Hospital de Urgências de Sergipe - HUSE. Vem se dedicando a escrita literária, dando maior relevância as poesias, contos, crônicas, teatro e estórias infantis. Faz-se presente nas antologias: III Antologia Poética de Sergipe, I Antologia Portofolhense e Convidados e o Cordel Coletivo titulado de “Poetas Unidos Contra o Feminicídio”. Atualmente está engajado para o lançamento de seu primeiro livro de poesias solo.

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