PAULO AFONSO, CIDADE
LUZ DO SERTÃO
(Edson Barreto)
Cidade sol, cidade água, cidade vida, cidade luz.
Início do Século XVII, Garcia D’ávila
Desbrava o Rio São Francisco e chega
Numa terra de encantos e cantos.
Em 1725, Paulo de Viveiros Afonso
Recebeu uma sesmaria que abrangia
As terras da Cachoeira conhecida
Pelo nome de Sumidouro.
O iluminado Delmiro Gouveia, em 1913
Iluminou sua indústria têxtil
Com a Usina de Angiquinho
A primeira do Nordeste do Brasil.
O presidente Getúlio Vargas assinou decreto
Autorizando o funcionamento da
Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco, 1948.
De um parto imorredouro, em 1958, a mãe Glória
Dá à luz, nasce o município de Paulo Afonso
De autoria paterna de Abel Barbosa.
Oásis do Sertão, Redenção do Nordeste
Capital da Energia, Cidade Luz do Sertão
Paulo Afonso do Raso da Catarina
Terra de mulheres bonitas, mulheres rendeiras
Que ousaram sua época e puseram as
Vestes do cangaço, desafiando as volantes e o governo
Acorda, Maria Bonita de Lampião
Oche, Lídia de Zé Baiano, eita, Otília dos Poços
Lili do Juá... O dia já tá raiando e a
Polícia já tá de pé. Hora de fazer o café e partir.
Velho Chico das águas tantas
Que tontas formam cachoeiras
Ecoando na imensidão de canyons e grotões.
Paulo Afonso, cidade do futuro
De São Francisco de Assis, da Praça das Mangueiras
Do touro que desafia a sucuri, da mulher
Que adestra o cavalo, do marteleteiro da Praça do
Trabalhador.
Paulo Afonso da Bahia e do Brasil,
Terra em que Castro Alves
empunha a lira
Na Terra do Condor, condoreirismo romântico
Na vigília da Cachoeira de tantos versos
A gritar que esta terra, Paulo Afonso, é
A cidade luz do sertão, do Brasil e do mundo.
AUTOR INSCRITOR Edson Barreto