segunda-feira, 23 de maio de 2016


PAULO AFONSO, CIDADE LUZ DO SERTÃO

 

(Edson Barreto)

 

Cidade sol, cidade água, cidade vida, cidade luz.

Início do Século XVII, Garcia D’ávila

Desbrava o Rio São Francisco e chega

Numa terra de encantos e cantos.

Em 1725, Paulo de Viveiros Afonso

Recebeu uma sesmaria que abrangia

As terras da Cachoeira conhecida

Pelo nome de Sumidouro.

O iluminado Delmiro Gouveia, em 1913

Iluminou sua indústria têxtil

Com a Usina de Angiquinho

A primeira do Nordeste do Brasil.

O presidente Getúlio Vargas assinou decreto

Autorizando o funcionamento da

Companhia Hidro  Elétrica do São Francisco, 1948.

De um parto imorredouro, em 1958, a mãe Glória

Dá à luz, nasce o município de Paulo Afonso

De autoria paterna de Abel Barbosa.

Oásis do Sertão, Redenção do Nordeste

Capital da Energia, Cidade Luz do Sertão

Paulo Afonso do Raso da Catarina

Terra de mulheres bonitas, mulheres rendeiras

Que ousaram sua época e puseram as

Vestes do cangaço, desafiando as volantes e o governo

Acorda, Maria Bonita de Lampião

Oche, Lídia de Zé Baiano, eita, Otília dos Poços

Lili do Juá... O dia já tá raiando e a

Polícia já tá de pé. Hora de fazer o café e partir.

Velho Chico das águas tantas

Que tontas formam cachoeiras

Ecoando na imensidão de canyons e grotões.

Paulo Afonso, cidade do futuro

De São Francisco de Assis, da Praça das Mangueiras

Do touro que desafia a sucuri, da mulher

Que adestra o cavalo, do marteleteiro da Praça do Trabalhador.

Paulo Afonso da Bahia e do Brasil,

Terra em que Castro Alves empunha a lira

Na Terra do Condor, condoreirismo romântico

Na vigília da Cachoeira de tantos versos

A gritar que esta terra, Paulo Afonso, é

A cidade luz do sertão, do Brasil e do mundo.
AUTOR INSCRITOR Edson Barreto
 

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