ARTIGO PUBLICADO EM educacao.atarde.uol.com.br/?p=27877.
ALÉM DA LOUSA E GIZ:
Planejamento e inovação nas salas de aula
*Por Maria do Carmo Joaquina da Silva
Diante de tantas dificuldades encontradas no
processo ensino-aprendizagem em sala de aula; é possível perceber que há
situações onde o professor inovar o seu planejamento. A centralidade da questão
reside no fato de trazer à tona o desafio nada fácil de enfrentar e resolver, a
excelência do ensinar e do aprender.
É notável que, o papel principal do educador é
desenvolver uma Educação de Qualidade. O mesmo precisa quebrar a empatia que
ancora da concepção que o professor é o “dono” do saber, é ele quem detém o
poder do conhecimento; quem sabe o caminho através do qual se ensina e se
aprende. Havendo essa percepção por parte do mesmo, é preciso que haja o desejo
pela busca de ações que inovem suas aulas. O seu não interesse, pode ter como
consequência aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando assim, o
desinteresse dos estudantes pelo conteúdo e tornando suas aulas desestimuladas
onde contribui na maioria das vezes a evasão dos alunos. É importante que o
professor auxilie para o desenvolvimento de um planejamento não linear, mas sim
interdisciplinar, beneficiando sua prática e o dia a dia de suas aulas.
Segundo Furth (1999) citado por Franco (2000)
“Justifica-se empregar o estado da arte das tecnologias para aprimorar o
ambiente escolar, pois talvez seja a oportunidade única para muitas crianças
acessarem e aprenderem como tais tecnologias podem melhorar a qualidade de suas
vidas através do desenvolvimento de suas habilidades e competências para
aprender e modificar o ambiente em que vivem.” Essa justificativa mostra
que é fato e necessitamos de inovações. Somente a lousa, o giz no discurso não
tem funcionado mais.
Apesar da grande importância do planejamento de
aula, que permite a visão de averiguar onde o aluno se encontra com
dificuldades de aprendizagem ou até mesmo se aquela ação foi conveniente à
realidade de seu aluno ou não e se atingiu a expectativa do seu plano de aula
elaborado. Mas do contrário, muitos professores optam por aulas improvisadas, o
que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois muitas vezes
as atividades são desenvolvidas de forma desorganizada, e o professor nem
percebe o tamanho do prejuízo causado a aprendizagem do seu aluno. Por mais
experiência que o professor tenha em sala de aula. Ele precisa saber e perceber
que cada dia é um novo recomeço e que cada aluno possui sua individualidade de
aprender.
Porém, não havendo assim, nem um interesse em
inovar suas ações em sala de aula, não será possível atingir a meta onde se
fala Educação de Qualidade. Independente de rede pública ou particular. A
compatibilidade com o tempo disponível deve exigir do professor elementos que
devam compor um plano de aula onde haja clareza, objetividade, atualização do
plano periodicamente, diagnósticos de aprendizagens, articulação entre teoria
prática e recursos utilizados, atividades dinâmicas, utilização de metodologias
diversificadas e inovadoras de forma que possam auxiliar no processo de
ensino-aprendizagem. Essas sistematizações devem ter coerência com o tempo
estipulado facilitando a flexibilidade diante das situações imprevistas.
Pesquisas onde envolvam diversas referências tais como: revistas, jornais,
filmes, redes sócias, músicas, vídeos, jogos, aulas práticas, mapas, poesias,
acesso a internet entre outros; forçam a elaboração de aulas de acordo com
realidade sociocultural dos nossos estudantes. Isso contribui para a realização
de aulas satisfatórias em que alunos e professores se sintam estimulados,pois
uma bem planejada e inovada transforma o ego de quem educa e de quem é educado.
Tornando assim, o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão.
Ações inovadoras podem não ser e nem ter resultados imediatos, mas com certeza
são metas alcançadas.
(FREIRE, 1987). “ Uma atitude de amor, humildade
e fé no ser humano, no seu poder de fazer e de refazer, de criar e recriar.
Portanto, o “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades
para sua produção ou a sua construção.”
* Maria do Carmo é articuladora do Programa A TARDE
Educação no município de Paulo Afonso.
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