sexta-feira, 1 de julho de 2016


 
ARTIGO PUBLICADO EM educacao.atarde.uol.com.br/?p=27877.
ALÉM DA LOUSA E GIZ: Planejamento e inovação nas salas de aula

*Por Maria do Carmo Joaquina da Silva

Diante de tantas dificuldades encontradas no processo ensino-aprendizagem em sala de aula; é possível perceber que há situações onde o professor inovar o seu planejamento. A centralidade da questão reside no fato de trazer à tona o desafio nada fácil de enfrentar e resolver, a excelência do ensinar e do aprender.

É notável que, o papel principal do educador é desenvolver uma Educação de Qualidade. O mesmo precisa quebrar a empatia que ancora da concepção que o professor é o “dono” do saber, é ele quem detém o poder do conhecimento;  quem sabe o caminho através do qual se ensina e se aprende. Havendo essa percepção por parte do mesmo, é preciso que haja o desejo pela busca de ações que inovem suas aulas. O seu não interesse, pode ter como consequência aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando assim, o desinteresse dos estudantes pelo conteúdo e tornando suas aulas desestimuladas onde contribui na maioria das vezes a evasão dos alunos. É importante que o professor auxilie para o desenvolvimento de um planejamento não linear, mas sim interdisciplinar, beneficiando sua prática e o dia a dia de suas aulas.
Segundo Furth (1999) citado por Franco (2000) “Justifica-se empregar o estado da arte das tecnologias para aprimorar o ambiente escolar, pois talvez seja a oportunidade única para muitas crianças acessarem e aprenderem como tais tecnologias podem melhorar a qualidade de suas vidas através do desenvolvimento de suas habilidades e competências para aprender e modificar o ambiente em que vivem.” Essa justificativa mostra que é fato e necessitamos de inovações. Somente a lousa, o giz no discurso não tem funcionado mais.

Apesar da grande importância do planejamento de aula, que permite a visão de averiguar onde o aluno se encontra com dificuldades de aprendizagem ou até mesmo se aquela ação foi conveniente à realidade de seu aluno ou não e se atingiu a expectativa do seu plano de aula elaborado. Mas do contrário, muitos professores optam por aulas improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois muitas vezes as atividades são desenvolvidas de forma desorganizada, e o professor nem percebe o tamanho do prejuízo causado a aprendizagem do seu aluno. Por mais experiência que o professor tenha em sala de aula. Ele precisa saber e perceber que cada dia é um novo recomeço e que cada aluno possui sua individualidade de aprender.

Porém, não havendo assim, nem um interesse em inovar suas ações em sala de aula, não será possível atingir a meta onde se fala Educação de Qualidade. Independente de rede pública ou particular. A compatibilidade com o tempo disponível deve exigir do professor elementos que devam compor um plano de aula onde haja clareza, objetividade, atualização do plano periodicamente, diagnósticos de aprendizagens, articulação entre teoria prática e recursos utilizados, atividades dinâmicas, utilização de metodologias diversificadas e inovadoras de forma que possam auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. Essas sistematizações devem ter coerência com o tempo estipulado facilitando a flexibilidade diante das situações imprevistas. Pesquisas onde envolvam diversas referências tais como: revistas, jornais, filmes, redes sócias, músicas, vídeos, jogos, aulas práticas, mapas, poesias, acesso a internet entre outros; forçam a elaboração de aulas de acordo com realidade sociocultural dos nossos estudantes. Isso contribui para a realização de aulas satisfatórias em que alunos e professores se sintam estimulados,pois uma bem planejada e inovada transforma o ego de quem educa e de quem é educado. Tornando assim, o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão. Ações inovadoras podem não ser e nem ter resultados imediatos, mas com certeza são metas alcançadas.

(FREIRE, 1987). “ Uma atitude de amor, humildade e fé no ser humano, no seu poder de fazer e de refazer, de criar e recriar. Portanto, o “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou a sua construção.”

* Maria do Carmo é articuladora do Programa A TARDE Educação no município de Paulo Afonso.

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