A garota da capa azul
Era uma vez... uma garota órfã, chamada Safira. A mesma morava com sua avó numa floresta, situada nas proximidades da cidade de Trier, na Alemanha. A região onde elas habitavam havia poucos moradores, porém, muitas criaturas enigmáticas.
Era uma vez... uma garota órfã, chamada Safira. A mesma morava com sua avó numa floresta, situada nas proximidades da cidade de Trier, na Alemanha. A região onde elas habitavam havia poucos moradores, porém, muitas criaturas enigmáticas.
Safira também era uma garota misteriosa, pois
para viver ali, naquele lugar tão sombrio, não poderia ser diferente. Não tinha
medo de nada. Passeava sozinha pela floresta.
A garota tinha hábitos bem estranhos. Ela
saía de casa repetidamente, apenas no sexto dia de cada semana, para
espairecer. Antes de sair para passear, vestia uma capa azul que ganhara da sua
avozinha no dia em que completou 10 anos de idade.
Há
três anos, Safira vem seguindo esse ritual estranho de não sair sem a sua capa.
Em um dia chuvoso e com muita neblina, a
garota da capa azul preparou uma lancheira, e como de costume partiu para o
passeio. No meio do caminho, Safira escorregou e machucou o tornozelo. Sentido
muita dor, ela percebeu que não poderia ir adiante, resolveu voltar para casa.
Com dificuldade voltou mancando, de vez em quando, sentava- se em uma pedra
para descansar e aliviar um pouco o incômodo da dor. De repente, do interior da
mata, ouve-se um forte uivo. A menina assustou-se e sem poder correr,
escondeu-se atrás de uma enorme pedra que ali havia. Ficou na espectativa,
querendo descobrir do que se tratava. Uma sombra gigante espalhou-se a sua
frente. Pela primeira vez teve medo, mas conteve o desespero e ficou quietinha,
observando e pensando no que faria para escapar daquela situação.
A sombra era de um lobisomem. Aquele ser,
aparentemente cansado, encostou-se na pedra onde Safira estava escondida. A
garota da capa azul ao ver um pedaço de madeira, não pensou duas vezes, pegou-o
e deu-lhe uma paulada na cabeça. Bateu-lhe com tanta força que sangrou. A
horripilante criatura caiu desacordada. Safira aproveitou a oportunidade e
mesmo mancando fugiu para casa. Chegando
em sua residência, contou tudo para a vovozinha.
A avó de Safira, uma senhora muito
experiente, logo deduziu que se tratava de um ser humano amaldiçoado, pois não
era comum transformar-se em lobisomem em plena luz do dia, mas apenas durante
as luas cheias, nas noites de sexta-feira. Pediu a neta que a levasse até o
local onde tudo ocorreu. Chegando lá, o lobisomem havia sido transfigurado na
imagem de um belo moço. Ainda desacordado, a avó verificou o ferimento na
cabeça do desconhecido; com a ajuda da neta, conseguiu arrastá-lo até em casa
para cuidar do machucado.
A avó de Safira sabia que graças ao
sangramento provocado pela paulada o feitiço havia sido desfeito.
Quando o moço acordou, percebeu que a
maldição havia sido quebrada. Agradeceu o que fizeram por ele e partiu em busca de sua
família para contar tudo o que havia acontecido.
Clívia Adriele dos Santos
8º ano A
Escola Municipal São Vicente de Paulo
Paulo Afonso-BA
Abril - 2017
CONCURSO DE CONTOS E FÁBULAS PARCERIA LIVRARIA NOBEL
TEXTO RECONTO ALUNA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO
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