Apoio Professora Suely
Aluno Ismael Valentin 7E
Madrinha Literária - Escritora Socorro Mendonça
Madrinha Literária - Escritora Socorro Mendonça
MINIBIOGRAFIA
Ismael Valentin,
nasceu em Paulo Afonso – BA em 16 de julho de 2006. Estudou na Escola
Arco-Íris, Pingo de Gente e Sete de Setembro. Estudando atualmente na Escola
Municipal Vereador João Bosco Ribeiro. Participando do Primeiro Encontro dos
Escritores de Santa Brígida-BA 2019.
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/você descobre
Autor
Ismael Valentim
Eu estava sentada sob uma árvore quando
comecei a refletir.
Eu nunca tive um amigo, nunca sequer conversei
com outra pessoa que não fosse às outras duas pessoas que moram na minha casa.
Meu amigo mais próximo é o meu periquito. Tip. ele é super fofo e canta
muito bem, tem penas amarelas e um bico branco como se tivesse sido muito
polido, eu também tenho um cachorro grande, seu nome é Ló, não sei por que dei
esse nome, mas eu me lembro de está sem ideias e achar ele muito parecido com
um lobo.
Sim, eles são meus únicos.
Se você quer saber quem eu sou, me chamo Chris, apelido para Christina.
Moro com meus dois pais, vivemos isolados no meio de uma floresta escura e
densa.
Tenho longos cabelos e uma pele clara. Minha mãe sempre elogia meus
lindos olhos verdes e meu nariz fininho, já meu pai ama minhas sobrancelhas
perfeitas e meus lábios.
Não sei o que existe além delas, nunca sai daqui, minha vida foi
inteiramente andando pelos vales, se escondendo pela floresta e andando pela
minha casa.
Nunca vi meus pais conversando com ninguém a não ser com eles mesmos.
Meu pai sempre sai para trabalhar depois do almoço. No que ele trabalha eu
nunca soube, mas passa o dia inteiro fora.
Minha mãe nunca trabalhou em nada que não fosse varrer esfregar e limpar
tudo que tivesse sujo, sempre assustada.
Meu quarto é muito limpo e arrumadinho, mas o que tem de lindo no meu
quarto tem de feio em outros cômodos.
A casa não é bonita por fora também.
A casa é cercada por árvores e tem um celeiro ao norte, onde dormi Ló
quando está muito sujo e minha mãe não o deixa entrar, no caso constantemente.
Tenho 15 anos, foram quinze anos isolados do
mundo, ou da verdade.
Eu me levanto do gramado e me afasto da sombra da árvore, adentro a
floresta até localizar uma trilha feita de areia que leva até em casa, eu
demoro cerca de 5 minutos até avista minha casa.
O telhado acima das árvores, no momento em que me deparo com a casa, eu
percebo minha mãe na janela do sótão, fazendo o que talvez eu nunca saiba, meu
pai está no trabalho, possivelmente ela está arrumando as caixas que ela mantém
empacotadas.
São apenas tralhas.
Mas algo levou minha atenção, nesse momento ignoro minha mãe, se viro e
observo floresta adentro. As árvores. As gramas. Os arbustos.
eu
percebo alguém se abaixar e se esconder atrás da árvore. Nesse momento não me
seguro.
—
Ei você!
—
Eu grito olhando diretamente para a árvore.
A pessoa se levanta e despenca numa grande
velocidade para dentro da floresta. Nesse momento não resisto, eu corro atrás.
Eu sinto uma Adelina e aquilo me divertiu,
não sinto medo de talvez aquele seja um ladrão ou um assassino, mas quero saber
quem é. Corro tão rápido quanto ele, enquanto me aproximo, eu percebo que não é
muito mais alto que eu.
O estranho parece ter minha idade.
No momento de grande distração, o estranho
pisa num buraco e desaba no chão. Eu estou muito cheia de Adelina e ansiedade.
Acabo caindo em cima do estranho.
Ele urra de dor, eu agarro suas mãos e o
viro, nesse momento, eu percebo seu rosto. Pela aparência deveria ter a minha
idade, ou um pouco mais velho.
Ele tem lindos olhos verdes e um cabelo
castanho bem escuro. Estou dizendo ele porque é um garoto. O estranho parece
super assustado.
Eu largo suas mãos e me afasto, ele se senta
assustado e olha para me, rapidamente se acalma. Nenhum traço de medo nele,
pouco em me, o que eu tenho é curiosidade.
—
Olá, de onde vocês vêm? O que está fazendo aqui? Como chegou aqui?
Nesse momento paro de pergunta, e olhou
atentamente para ele.
—
Olá.
—
Ele fala, sua voz é mais grossa que a minha.
— Eu venho de uma cidade próxima, fica a
alguns quilômetros.
— Isso me deixa confusa.
— Meu pai disse que a cidade mais próxima é mais de 300 quilômetros daqui.
— Isso me deixa confusa.
— Meu pai disse que a cidade mais próxima é mais de 300 quilômetros daqui.
—
Pois ele mentiu, desculpa, fui rude.
—
Não, apenas sincero, é... Como posso acreditar em você? — De repente me agito.
— Minha mãe diz que existem monstros na
floresta, talvez você seja um disfarçado.
—
Eu tenho certeza que não sou um monstro disfarçado!
—
Ele afirma e solta uma risada.
— Você age como se não falassem muito com
alguém além de seus pais.
—
Porque minha vida é assim.
— Confirmo e percebo que a expressão dele muda
de alegria para surpresa.
—
Como assim? Você nunca falou com alguém na escola? Como alunos? Professores?
—
Ele pergunta ainda sentado, eu já estou em pé.
—
Eu nunca fui à escola, nem sei se existi isso! Eu li sobre ela em livros, escola
é sempre descrito como um lugar cheio de jovens interessados em estudar e com
uma pessoa que lhes ensina todo o assunto.
—
Me sinto uma médica falando ao paciente sobre seus sintomas, com um tom
inteligente, eu adoro livros sobre medicina.
—
Eu acho que a escola é meio assim, mas...
Como assim, você nunca foi para a escola?
Ele
pergunta ainda mais surpreso e se levanta com um salto.
—
Não, Nunca fui! Eu vivo presa na floresta e na minha casa, nunca cheguei à
cidade, meus pais dizem que aos 18 eles me levariam até lá.
— Respondo olhando fixamente para o garoto.
—
Isso é estranho, mas se quiser eu te mostro a cidade.
Ele
diz entusiasmado.
—
Eu aceito! — Dou um pulinho de animação.
—
É muito longe daqui?
—
Não...
— Ele sorrir e estica a mão.
— Ele sorrir e estica a mão.
—
Meu nome é Sam.
Aceitando
foi dando sua mão e logo apertando a.
__Não
consigo esconder um sorriso.
—
Meu nome é Chris!
Ele
me guiou por um caminho pela floresta, segurando minha mão. Estou animada,
quero conheço tudo o que ele me contou, só espero poder voltar antes do
escurecer.
De
repente eu percebo que a quantidade de árvores está diminuindo, até que estou
num campo vasto e lindo, cheio de flores, isso é muito bonito.
__Solto
a mão de Sam e me direciono até um pequeno arbusto com rosas, quando estou
prestes a pegar uma, Sam me alerta:
—
Cuidado, rosas tem espinhos.
—
Ele sorri enquanto fala.
De repente escuto um barulho de motor e
percebo um grande carro parecido com o do meu pai, passando pela rua. Ele passa
um rápido e dele sai fumaça.
Que se desfaz.
__
Sam pega minha mão e nesse momento olho para ele.
—
Vamos, temos outras coisas para ver!
—
diz ele.
Ele me leva e nós atravessamos até o outro
lado da rua, ali vejo algumas casas pelos arredores. Sam aponta para uma casa
grande e toda pintada de amarela.
—
Aquela é a minha casa.
—
Sussurra ele, e depois abaixa o braço.
De
repente, eu vejo passando pela rua um transporte muito maior que um carro, um
ônibus. Sam me solta e vai até perto da escada, depois estica mão para cima.
O ônibus para!
Sam volta, pega minha mão e me puxa para
dentro do ônibus. Nós dois subimos uma pequena escada, eu atrás dele. Quando
entramos, eu vejo Sam retirar dinheiro do bolso e entregar a um homem que nós
deixa adentra o ônibus.
Nós dois nos sentamos lado a lado, em umas
das cadeiras nada confortáveis, a sensação é ótima, estou vendo algo novo. O
ônibus começa a se locomove e balança muito. Eu me assusto e percebo que acabei agarrando a mão de Sam, e a
apertando com muita força. Ele não parece está sentindo um grande incomodo.
O balançar do ônibus me deixa muito nervosa
mas já estou um pouco acostumada.
Percebo que acabamos de entrar numa cidade, como as que tinham visto nas fotos
dos livros, cheia de casas e prédios. O ônibus para em frente a um edifício
grande e largo, Sam se levanta e me leva para fora do ônibus.
Quando saímos, descemos em uma calçada e eu
observo o edifício, uma grande placa acima de me, diz: “Escola Municipal”. Isso
é uma escola.
—
Aqui jaz a escola!
—
Sam age como se fosse um apresentador de televisão, é muito engraçado.
De repente ouço um barulho agudo atinge meus
ouvidos, e eu com
mãos fecho os ouvidos e me
agacho.
—
São apenas sinos.
— Sam gritar.
— Sam gritar.
O barulho para; e então quando me endireito,
eu percebo muitas crianças correndo por um pátio ao lado do edifício, todas
felizes gritando ou comendo pelos cantos, mas felizes.
De repente sinto uma pontada grande de
tristeza ao perceber que nunca passei por aquilo.
Sam percebe e me abraça, e assim eu sinto um
grande conforto, quase nunca abracei alguém, meus pais não gostam de afeto.
Eu sinto como se perdesse algo quando Sam
para de me abraçar e me encara com as mãos em minhas bochechas.
—
Desculpe se te deixei triste mostrando isso.
Murmura
ele com uma cara seria e solidaria.
—
Eu só fico pensando porque eles quiseram me afastar disso, disso tudo.
— De repente começo a chorar novamente.
— O que eu fiz de errado, para eles me
afastassem, me esconderem do mundo.
—
Mas talvez você possa fazer isso
acontecer! — Ele diz animado.
—
Como?
— Pergunto.
—
Pedindo para os seus pais, ora.
Já tinha escurecido, quando eu tinha chegado
em casa.
Sam
me deixou em frente de casa e sumiu da floresta, o dia foi maravilhoso e adorei
o motivo de tê-lo conhecido. Antes de ir embora, ele me deu um pequeno caderno:
—
Você pode escrever sua história nele e caso nunca mais nos encontremos, você
pode se lembrar de mim olhando para ele!
— Ele me diz sorrindo.
— Ele me diz sorrindo.
O pior é agora... Quando entro em casa sorrateiramente, meus
pais devem está em seus quartos imaginando que estou no meu, quando não desço
para jantar, minha mãe ignora sempre.
—
Onde você estava!
Não dessa vez! Minha
mãe está parada em pé em frente a porta, seus cabelos castanhos estão
bagunçados, seus olhos cinzas estão frios e aterrorizantes, está usando uma blusa
azul e uma calça cinza. Entre tudo isso, algo me assusta. Ela está segurando um cinto!
—
Onde está o papai?
—
Pergunto enquanto tento ignorar o motivo dela está acariciando o cinto como se
fosse um lindo cachorro, eu escondo o caderno no bolso.
—
Está dormindo, ele me deixou resolver o seu problema.
— Diz ela sorrindo ameaçadoramente.
—
Qual problema?
—
Tento fazer a melhor cara de desentendida possível.
—
Oh Chris, você achou mesmo que eu não notaria seu sumiço.
— Ela fala com um olhar repreendido.
— Ela fala com um olhar repreendido.
—
Eu não sumir, apenas tirei um cochilo na floresta.
—
Digo firme e com os olhos fixados nos dela.
—
Pare de mentir Chris, eu te vi correndo para dentro da floresta 4 horas atrás.
—
Ela berra e seu olho mostra o quanto está com raiva.
Começo
a suar, mas mantenho a calma.
—
Eu vi um coelho, apenas isso!
— Digo.
Minha mãe rir.
—
Eu sei que você foi para a cidade com um garoto.
Nesse
momento meu corpo gela e abro a boca chocada. Como ela descobriu? Isso faz
minha mãe abrir um sorriso largo.
—
Você está se entregando!
—
Ela rir histérica e bate o cinto no sofá.
—
Sabe como eu descobri? Hum... Simplesmente sei o quanto queria ver a cidade e
tem um sinal nessa roupa que você tanto ama!
—
Ele só me levou para um passeio pela cidade, um lugar onde nunca foi!
—
Dessa vez fui eu quem falei com uma voz mais rígida e ignorando o sinto em sua
mão.
—
O problema não é apenas o garoto, você foi para a cidade!
—
Ela berra e seus olhos parecem queimar.
—
Você não sabe o quanto é perigoso lá, não é seguro para você minha filha!
—
Como aquele lugar pode ser perigoso?
Pergunto
com os olhos firmes.
— Um lugar cheio de pessoas alegres e felizes,
juntas e cheias de amigos.
—
O mundo é muito mais que isso.
— Ela se senta no sofá atrás de si e abaixa e
cabeça.
—
O mundo é perigoso, está cheio de gente má, sujeira, poluição.
—
Ela berra as últimas palavras.
—
Nunca mais saia dessas redondezas!
—
Não Mãe, eu quero voltar à cidade, quero explorar, conhecer o mundo!
— Eu vou me aproximando dela e meus olhos
brilham de emoção.
—
Você não sabe o que está dizendo!
—
Ela murmura confusa.
—
A senhora que não sabe o que está dizendo!
—
Eu afirmo.
—
Eu quero voltar lá, eu quero estudar, eu quero viver lá!
—
Cale a boca!
—
Minha mãe berra e se levanta com um salto, e se aproxima com passos fortes,
depois agarra meus ombros.
—
Pare de falar, aquele garoto invadiu sua cabeça, você está louca em pensar que
o mundo é bom.
—
Eu não gosto de viver isolada!
—
Eu suplico olhando para ela.
—
Pois não tenho alternativa!
—
Ela berra e seus olhos brilham de fúria.
—
Você vai para o porão!
—
Não o porão não!
—
Dessa vez sou eu que berro e ela sacode a cabeça.
—
Não, o porão não... Por favor, mãe!
Ela agarra o meu braço e me arrastar com
força em direção ao porão, enquanto eu me debato, mas é impossível dela
desistir dessa ideia.
—
Por favor!
Um berro que estou quase chorando. Chegamos a um corredor onde está porta do
porão, minha mãe abre a porta ainda agarrada ao meu braço. Quando vejo o fim
escuro da escada do porão, o medo se instala em mim.
—
Por favor, mãe!
— Eu suplico agora chorando.
— Eu suplico agora chorando.
—
É pro seu próprio bem!
Ela me empurra para dentro do porão e eu
desço a escada assustada. Com o canto do olho eu vejo que ela fecha a porta e o último vestígio de luz sumir. Preferia que ela tivesse me batido com o
sinto! Chega
tremendo ao porão, visualizo um colchão num canto. Ando lentamente até lá para
não pisar em algo sem querer e quando me aproximo eu me jogo no colchão. Sinto
um pouco de poeira e acabo espirrando. Mas ignoro se vou ficar a noite inteira
aqui, preciso pelos menos dormir e é isso que eu faço quando me aconchego no
colchão. Eu retiro o caderninho que Sam me deu do bolso e o aperto entre as
mãos. Eu vou ficando cada vez mais
sonolenta até que meus olhos se fecham e sou engolida pela escuridão.
Eu estou num campo largo e vasto, cheio de
flores. O mesmo lugar que Sam me levou. Me
deito na grama e relaxo enquanto sorriu e o os raios do sol que atinge o
meu rosto.
—
Cuidado para que as minhocas não subam em seu cabelo!
— Ouço uma voz familiar.
— Ouço uma voz familiar.
Me sento e percebo Sam, ele está vestindo
uma roupa completamente branca. Encarando seu olhar eu me levanto. Isso é um sonho, não é real. De repente alguém puxa Sam e o joga no
gramado, ele cai no chão e geme. E vejo minha mãe, olhando para me com uma cara
de furiosa. Ela se aproxima e agarra meus ombros.
—
Chris acorda!
—
Ela berra.
Abrindo os olhos, deitada no colchão empoeirado vejo minha mãe ajoelhada a me observar.
—
Chris, vamos tomar café?
— Ela abre um sorriso.
O
café foi normal, ninguém falou sobre ontem. Depois do café fui para o quarto, eu queria
rever Sam, queria me aproximar dele, conhecer melhor sua pessoa. Quando chego no quarto, me jogo na cama que
fica ao lado de uma janela grande de onde posso ver as árvores. E deitada, viro de costas para a janela. Eu
estou completamente relaxada, estou na minha cama de volta. Quando já estou quase
tirando um cochilo, eu ouço uma batida. Como se alguém tivesse lançado uma pedra na
janela. Uma pedra... Na janela. De repente eu me animo. Será? Quando eu abro a janela, observo o campo
abaixo, onde ele está? Eu o vejo atrás de uma árvore.
Nesse momento, eu descido que tenho que sai
de casa, mas após o acontecimento de ontem eu acho melhor que minha mãe não
saiba. Eu saio do meu quarto e desço sorrateiramente as escadas. Vejo meus pais
no sofá num cômodo ao lado. Sem barulho algum, saio de casa e corro até a
floresta. Quando lá cheguei, vasculhei o
lugar a procura de Sam com os olhos até que ele apareceu de repente na minha
frente. Eu o abracei feliz.
—
Pensei que nunca mais você te ver!
—
Eu afirmo animada.
—
Pensou! Então sentiu falta de mim!
— Ele sorrir, um sorriso gentil.
— Ele sorrir, um sorriso gentil.
—
Falou para os seus pais.
—
minha mãe... Ela não gostou nada!
Abaixando
a cabeça e muito triste. Sam
se aproxima e levanta a minha cabeça com
uma das mãos.
—Ei...
Ela vai deixar, basta tentar novamente!
—
Ele olha para mim com um olhar de esperança.
—
não... Ela agiu feito uma louca.
— Só lágrimas eram minha resposta
— Só lágrimas eram minha resposta
—
Ei... Ele me abraça novamente e depois olha para o
céu enquanto pássaros grasnam.
—
Você vai fugir!
—
Sam diz firme.
—
Como assim! Fugir de casa? Pergunto
assustada.
—Eu
te encontro hoje as 12 horas da noite!
— Ele diz calmamente.
—
Onde... Onde eu vou ficar?
—
Isso está me assustando e ao mesmo tempo me motivando, vou poder fugir dessa
prisão que é minha casa e ter a chance de explorar o mundo!
—
Isso não é o mais importante!
—
Ele fala com a maior calma.
—
Como assim não é importante? Sam!
Agora
tremendo.
—
Você vai ser livre, seus pais são o que te prende a esse lugar e te afastam do
mundo!
—
Ele responde sorrindo.
—
Hoje ás 12 da noite, certo!
Sem
nenhuma lágrima mais e bem mais calma. Ele
desaparece na floresta, estou sozinha. O
despertador me acordou às 11h e 50 minutos, eu me levantei da cama sonolenta,
peguei minhas roupas, comidas que eu peguei no armário, depois coloquei tudo
numa bolsa.
Tudo está pronto. Visto um casaco, coloco
calças e um tênis. Depois de amarrar o cabelo e coloca a bolsa nas costas.
Assim que sai do quarto, fechei a porta calmamente, ando pelo corredor e depois
desço as escadas. Então em frente à escada eu vejo a porta da
saída, eu ando até ela, encosto os dedos na porta e depois aperto a maçaneta. Posso sentir a alegria de Sam a me ver,
saindo de casa e correndo até seus
braços. Eu desço as escadas com um pouco de pressa e chego à porta, naquele
momento, não consigo andar!
Nessa casa eu nasci!
Nessa casa eu cresci!
Eu dei meus primeiros passos nessa casa!
Evolui nessa casa.
Fui feliz nessa casa
E hoje, é dessa casa que eu vou fugir!
Eu me aproximo da porta, minha mãe vai me odiar!
— Talvez seja verdade!
— E ouvindo sua voz na minha
mente.
Engano meu, porque ela está atrás de mim!
Eu me viro lentamente, e meus olhos encontram
seus olhos furiosos. Ela me encara, está usando uma calça larga e rasgada, com
uma blusa branca. Ela se aproxima de mim e percebo que está com uma mão atrás
das costas como se tivesse escondendo um buquê de rosas.
—
Sempre ah uma grande reviravolta quando a vilã acredita que conseguiu vencer a
boazinha, ou digamos rebelde.
—
Está com olhos furiosos, mas um sorriso malicioso!
Ela está a 50 centímetros de distancia de
mim.
—
Nunca te contei porque eu fugi do mundo e te escondi dele.
— Ela fica a 30 metros.
— Ela fica a 30 metros.
— 7 meses antes de você nascer, seu pai estava
trabalhando e eu estava voltando para casa, tudo era normal. Mas adivinha o que
aconteceu!
—
Ela sorri furiosamente e olhando fixamente para mim.
—
Eu fui atacada por 4 homens, eles tentaram me roubar! Nem ligaram para o motivo
eu estava grávida, o que eles estavam levando era o último vestígio de dinheiro
que me sobrou, após ter sido despedida!
— Ela berra tudo.
— Eu tentei impedir e então eles me atacaram,
me espancaram e me abateram, pensei que fosse sofre um aborto e te perder, você
é a pessoa mais importante para mim.
—
Mãe...
—
Depois foram embora, a partir dai percebi o problema no mundo, muitas pessoas
estavam escondidas e nem pensaram em me ajudar, se acovardaram.
—
Ela começa a chorar.
—
Eu fui má, mas não quero que vá embora, não quero te perder!
—
Mãe, você está me prendendo, sabe... Eu queria ir à escola, ter amigos e
conhecer coisas diferentes.
— Eu admito com os olhos molhados. — Eu não
quero ficar presa aqui.
—
Tudo bem!
—
Ela sorrir.
—
Você tem minha permissão para ir!
Eu me afasto dela e pego a bolsa, quando
chego à porta.
—
Eu nunca conseguiria te mostrar o mundo, mas te dou a oportunidade!
—
Ela murmura.
Olha para ela e depois passo pela porta já
aberta. Pude ver seu único sinal de orgulho.
Quando chego à floresta, encontro Sam parado
e olhando para mim, muito sonolento, mas acordado.
—
Pronta?
—
Ele pergunta.
—
Sim, juntos.
—
Eu pergunto animada.
—
Juntos para sempre!
Quem descobre o mundo é você!
Parabéns Ismael, uma belíssimo trabalho!!
ResponderExcluirAmei essa história, parabéns
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