quarta-feira, 24 de julho de 2019

Projeto Leitura Luz do Aprender- Você escolhe /Você descobre Ismael Valentin



Escola Municipal Vereador João Bosco Ribeiro 

( Produção - aula de Redação) - Professora Carmem  
Apoio Professora Suely

Aluno Ismael Valentin 7E
Madrinha Literária - Escritora Socorro Mendonça














MINIBIOGRAFIA

Ismael Valentin, nasceu em Paulo Afonso – BA em 16 de julho de 2006. Estudou na Escola Arco-Íris, Pingo de Gente e Sete de Setembro. Estudando atualmente na Escola Municipal Vereador João Bosco Ribeiro. Participando do Primeiro Encontro dos Escritores de Santa Brígida-BA 2019.













Você escolhe /você descobre




Autor 

Ismael Valentim






 Eu estava sentada sob uma árvore quando comecei a refletir.
 Eu nunca tive um amigo, nunca sequer conversei com outra pessoa que não fosse às outras duas pessoas que moram na minha casa.
  Meu amigo mais próximo é o meu periquito. Tip. ele é super fofo e canta muito bem, tem penas amarelas e um bico branco como se tivesse sido muito polido, eu também tenho um cachorro grande, seu nome é Ló, não sei por que dei esse nome, mas eu me lembro de está sem ideias e achar ele muito parecido com um lobo.
  Sim, eles são meus únicos.
   Se você quer saber quem eu sou, me chamo Chris, apelido para Christina. Moro com meus dois pais, vivemos isolados no meio de uma floresta escura e densa.
  Tenho longos cabelos e uma pele clara. Minha mãe sempre elogia meus lindos olhos verdes e meu nariz fininho, já meu pai ama minhas sobrancelhas perfeitas e meus lábios.
  Não sei o que existe além delas, nunca sai daqui, minha vida foi inteiramente andando pelos vales, se escondendo pela floresta e andando pela minha casa.
  Nunca vi meus pais conversando com ninguém a não ser com eles mesmos. Meu pai sempre sai para trabalhar depois do almoço. No que ele trabalha eu nunca soube, mas passa o dia inteiro fora.
  Minha mãe nunca trabalhou em nada que não fosse varrer esfregar e limpar tudo que tivesse sujo, sempre assustada.
  Meu quarto é muito limpo e arrumadinho, mas o que tem de lindo no meu quarto tem de feio em outros cômodos.
  A casa não é bonita por fora também.
  A casa é cercada por árvores e tem um celeiro ao norte, onde dormi Ló quando está muito sujo e minha mãe não o deixa entrar, no caso constantemente.
 Tenho 15 anos, foram quinze anos isolados do mundo, ou da verdade.
  Eu me levanto do gramado e me afasto da sombra da árvore, adentro a floresta até localizar uma trilha feita de areia que leva até em casa, eu demoro cerca de 5 minutos até avista minha casa.
  O telhado acima das árvores, no momento em que me deparo com a casa, eu percebo minha mãe na janela do sótão, fazendo o que talvez eu nunca saiba, meu pai está no trabalho, possivelmente ela está arrumando as caixas que ela mantém empacotadas.
  São apenas tralhas.
  Mas algo levou minha atenção, nesse momento ignoro minha mãe, se viro e observo floresta adentro. As árvores. As gramas. Os arbustos.
   eu percebo alguém se abaixar e se esconder atrás da árvore. Nesse momento não me seguro.
— Ei você!
— Eu grito olhando diretamente para a árvore.
  A pessoa se levanta e despenca numa grande velocidade para dentro da floresta. Nesse momento não resisto, eu corro atrás.
  Eu sinto uma Adelina e aquilo me divertiu, não sinto medo de talvez aquele seja um ladrão ou um assassino, mas quero saber quem é. Corro tão rápido quanto ele, enquanto me aproximo, eu percebo que não é muito mais alto que eu.
  O estranho parece ter minha idade.
  No momento de grande distração, o estranho pisa num buraco e desaba no chão. Eu estou muito cheia de Adelina e ansiedade.
  Acabo caindo em cima do estranho.
  Ele urra de dor, eu agarro suas mãos e o viro, nesse momento, eu percebo seu rosto. Pela aparência deveria ter a minha idade, ou um pouco mais velho.
  Ele tem lindos olhos verdes e um cabelo castanho bem escuro. Estou dizendo ele porque é um garoto. O estranho parece super assustado.
  Eu largo suas mãos e me afasto, ele se senta assustado e olha para me, rapidamente se acalma. Nenhum traço de medo nele, pouco em me, o que eu tenho é curiosidade.
— Olá, de onde vocês vêm? O que está fazendo aqui? Como chegou aqui?
 Nesse momento paro de pergunta, e olhou atentamente para ele.
— Olá.
— Ele fala, sua voz é mais grossa que a minha.
— Eu venho de uma cidade próxima, fica a alguns quilômetros. 
— Isso me deixa confusa.
— Meu pai disse que a cidade mais próxima é mais de 300 quilômetros daqui.
— Pois ele mentiu, desculpa, fui rude.
— Não, apenas sincero, é... Como posso acreditar em você? — De repente me agito.
 — Minha mãe diz que existem monstros na floresta, talvez você seja um disfarçado.
— Eu tenho certeza que não sou um monstro disfarçado!
— Ele afirma e solta uma risada.
 — Você age como se não falassem muito com alguém além de seus pais.
— Porque minha vida é assim.
— Confirmo e percebo que a expressão dele muda de alegria para surpresa.
— Como assim? Você nunca falou com alguém na escola? Como alunos? Professores?
— Ele pergunta ainda sentado, eu já estou em pé.
— Eu nunca fui à escola, nem sei se existi isso! Eu li sobre ela em livros, escola é sempre descrito como um lugar cheio de jovens interessados em estudar e com uma pessoa que lhes ensina todo o assunto.
— Me sinto uma médica falando ao paciente sobre seus sintomas, com um tom inteligente, eu adoro livros sobre medicina.
— Eu acho que a escola é meio assim, mas...
 Como assim, você nunca foi para a escola?
Ele pergunta ainda mais surpreso e se levanta com um salto.
— Não, Nunca fui! Eu vivo presa na floresta e na minha casa, nunca cheguei à cidade, meus pais dizem que aos 18 eles me levariam até lá.
— Respondo olhando fixamente para o garoto.
— Isso é estranho, mas se quiser eu te mostro a cidade.
Ele diz entusiasmado.
— Eu aceito! — Dou um pulinho de animação.
— É muito longe daqui?
— Não...
— Ele sorrir e estica a mão.
— Meu nome é Sam.
Aceitando foi dando sua mão e logo apertando a.
__Não consigo esconder um sorriso.
— Meu nome é Chris! 
Ele me guiou por um caminho pela floresta, segurando minha mão. Estou animada, quero conheço tudo o que ele me contou, só espero poder voltar antes do escurecer.
   De repente eu percebo que a quantidade de árvores está diminuindo, até que estou num campo vasto e lindo, cheio de flores, isso é muito bonito.
__Solto a mão de Sam e me direciono até um pequeno arbusto com rosas, quando estou prestes a pegar uma,  Sam me alerta:
— Cuidado, rosas tem espinhos.
— Ele sorri enquanto fala.
  De repente escuto um barulho de motor e percebo um grande carro parecido com o do meu pai, passando pela rua. Ele passa um rápido e dele sai fumaça.
  Que se desfaz.
__ Sam pega minha mão e nesse momento olho para ele.
— Vamos, temos outras coisas para ver!
— diz ele.
  Ele me leva e nós atravessamos até o outro lado da rua, ali vejo algumas casas pelos arredores. Sam aponta para uma casa grande e toda pintada de amarela.
— Aquela é a minha casa.
— Sussurra ele, e depois abaixa o braço.
   De repente, eu vejo passando pela rua um transporte muito maior que um carro, um ônibus. Sam me solta e vai até perto da escada, depois estica mão para cima.
  O ônibus para!
  Sam volta, pega minha mão e me puxa para dentro do ônibus. Nós dois subimos uma pequena escada, eu atrás dele. Quando entramos, eu vejo Sam retirar dinheiro do bolso e entregar a um homem que nós deixa adentra o ônibus.
  Nós dois nos sentamos lado a lado, em umas das cadeiras nada confortáveis, a sensação é ótima, estou vendo algo novo. O ônibus começa a se locomove e balança muito. Eu me assusto e  percebo que acabei agarrando a mão de Sam, e a apertando com muita força. Ele não parece está sentindo um grande incomodo.
  O balançar do ônibus me deixa muito nervosa mas  já estou um pouco acostumada. Percebo que acabamos de entrar numa cidade, como as que tinham visto nas fotos dos livros, cheia de casas e prédios. O ônibus para em frente a um edifício grande e largo, Sam se levanta e me leva para fora do ônibus.
  Quando saímos, descemos em uma calçada e eu observo o edifício, uma grande placa acima de me, diz: “Escola Municipal”. Isso é uma escola.
— Aqui jaz a escola!
— Sam age como se fosse um apresentador de televisão, é muito engraçado.
  De repente ouço um barulho agudo atinge meus ouvidos, e eu   com  mãos fecho os ouvidos  e me agacho.
— São apenas sinos.
— Sam gritar.
  O barulho para; e então quando me endireito, eu percebo muitas crianças correndo por um pátio ao lado do edifício, todas felizes gritando ou comendo pelos cantos, mas felizes.
  De repente sinto uma pontada grande de tristeza ao perceber que nunca passei por aquilo.
  Sam percebe e me abraça, e assim eu sinto um grande conforto, quase nunca abracei alguém, meus pais não gostam de afeto.
  Eu sinto como se perdesse algo quando Sam para de me abraçar e me encara com as mãos em minhas bochechas.
— Desculpe se te deixei triste mostrando isso.
Murmura ele com uma cara seria e solidaria.
— Eu só fico pensando porque eles quiseram me afastar disso, disso tudo.
— De repente começo a chorar novamente.
— O que eu fiz de errado, para eles me afastassem, me esconderem do mundo.
— Mas talvez  você possa fazer isso acontecer! — Ele diz animado.
— Como?
— Pergunto.
— Pedindo para os seus pais, ora.
 Já tinha escurecido, quando eu tinha chegado em casa.
Sam me deixou em frente de casa e sumiu da floresta, o dia foi maravilhoso e adorei o motivo de tê-lo conhecido. Antes de ir embora, ele me deu um pequeno caderno:
— Você pode escrever sua história nele e caso nunca mais nos encontremos, você pode se lembrar de mim olhando para ele!
— Ele me diz sorrindo.
  O pior é agora... Quando entro em casa sorrateiramente, meus pais devem está em seus quartos imaginando que estou no meu, quando não desço para jantar, minha mãe ignora sempre.
— Onde você estava!
  Não dessa vez! Minha mãe está parada em pé em frente a porta, seus cabelos castanhos estão bagunçados, seus olhos cinzas estão frios e aterrorizantes, está usando uma blusa azul e uma calça cinza. Entre tudo isso, algo me assusta.  Ela está segurando um cinto!
— Onde está o papai?
— Pergunto enquanto tento ignorar o motivo dela está acariciando o cinto como se fosse um lindo cachorro, eu escondo o caderno no bolso.
— Está dormindo, ele me deixou resolver o seu problema.
— Diz ela sorrindo ameaçadoramente.
— Qual problema?
— Tento fazer a melhor cara de desentendida possível.
— Oh Chris, você achou mesmo que eu não notaria seu sumiço.
— Ela fala com um olhar repreendido.
— Eu não sumir, apenas tirei um cochilo na floresta.
— Digo firme e com os olhos fixados nos dela.
— Pare de mentir Chris, eu te vi correndo para dentro da floresta 4 horas atrás.
— Ela berra e seu olho mostra o quanto está com raiva.
Começo a suar, mas mantenho a calma.
— Eu vi um coelho, apenas isso!
— Digo.
  Minha mãe rir.
— Eu sei que você foi para a cidade com um garoto.
Nesse momento meu corpo gela e abro a boca chocada. Como ela descobriu? Isso faz minha mãe abrir um sorriso largo.
— Você está se entregando!
— Ela rir histérica e bate o cinto no sofá.
— Sabe como eu descobri? Hum... Simplesmente sei o quanto queria ver a cidade e tem um sinal nessa roupa que você tanto ama!
— Ele só me levou para um passeio pela cidade, um lugar onde nunca foi!
— Dessa vez fui eu quem falei com uma voz mais rígida e ignorando o sinto em sua mão.
— O problema não é apenas o garoto, você foi para a cidade!
— Ela berra e seus olhos parecem queimar.
— Você não sabe o quanto é perigoso lá, não é seguro para você minha filha!
— Como aquele lugar pode ser perigoso?
Pergunto com os olhos firmes.
— Um lugar cheio de pessoas alegres e felizes, juntas e cheias de amigos.
— O mundo é muito mais que isso.
— Ela se senta no sofá atrás de si e abaixa e cabeça.
— O mundo é perigoso, está cheio de gente má, sujeira, poluição.
— Ela berra as últimas palavras.
— Nunca mais saia dessas redondezas!
— Não Mãe, eu quero voltar à cidade, quero explorar, conhecer o mundo!
— Eu vou me aproximando dela e meus olhos brilham de emoção.
— Você não sabe o que está dizendo!
— Ela murmura confusa.
— A senhora que não sabe o que está dizendo!
— Eu afirmo.
— Eu quero voltar lá, eu quero estudar, eu quero viver lá!
— Cale a boca!
— Minha mãe berra e se levanta com um salto, e se aproxima com passos fortes, depois agarra meus ombros.
— Pare de falar, aquele garoto invadiu sua cabeça, você está louca em pensar que o mundo é bom.
— Eu não gosto de viver isolada!
— Eu suplico olhando para ela.
— Pois não tenho alternativa!
— Ela berra e seus olhos brilham de fúria.
— Você vai para o porão!
— Não o porão não!
— Dessa vez sou eu que berro e ela sacode a cabeça.
— Não, o porão não... Por favor, mãe!
  Ela agarra o meu braço e me arrastar com força em direção ao porão, enquanto eu me debato, mas é impossível dela desistir dessa ideia.
— Por favor!
 Um berro que  estou quase chorando. Chegamos a um corredor onde está porta do porão, minha mãe abre a porta ainda agarrada ao meu braço. Quando vejo o fim escuro da escada do porão, o medo se instala em mim.
— Por favor, mãe!
— Eu suplico agora chorando.
— É pro seu próprio bem!
  Ela me empurra para dentro do porão e eu desço a escada assustada. Com o canto do olho eu vejo que ela fecha  a porta e o último vestígio de luz sumir. Preferia que ela tivesse me batido com o sinto! Chega tremendo ao porão, visualizo um colchão num canto. Ando lentamente até lá para não pisar em algo sem querer e quando me aproximo eu me jogo no colchão. Sinto um pouco de poeira e acabo espirrando. Mas ignoro se vou ficar a noite inteira aqui, preciso pelos menos dormir e é isso que eu faço quando me aconchego no colchão. Eu retiro o caderninho que Sam me deu do bolso e o aperto entre as mãos.  Eu vou ficando cada vez mais sonolenta até que meus olhos se fecham e sou engolida pela escuridão.
  Eu estou num campo largo e vasto, cheio de flores. O mesmo lugar que Sam me levou. Me  deito na grama e relaxo enquanto sorriu e o os raios do sol que atinge o meu rosto.
— Cuidado para que as minhocas não subam em seu cabelo!
— Ouço uma voz familiar.
   Me sento e percebo Sam, ele está vestindo uma roupa completamente branca. Encarando seu olhar eu me levanto. Isso é um sonho, não é real. De repente alguém puxa Sam e o joga no gramado, ele cai no chão e geme. E vejo minha mãe, olhando para me com uma cara de furiosa.   Ela se aproxima e agarra meus ombros.
— Chris acorda!
— Ela berra.
 Abrindo os olhos,  deitada no colchão empoeirado vejo minha mãe  ajoelhada a me observar.
— Chris, vamos tomar café?
 — Ela abre um sorriso.
O café foi normal, ninguém falou sobre ontem.  Depois do café fui para o quarto, eu queria rever Sam, queria me aproximar dele, conhecer melhor sua pessoa. Quando chego no quarto, me jogo na cama que fica ao lado de uma janela grande de onde posso ver as árvores. E deitada, viro de costas para a janela. Eu estou completamente relaxada, estou na minha cama de volta. Quando já estou quase tirando um cochilo, eu ouço uma batida. Como se alguém tivesse lançado uma pedra na janela. Uma pedra... Na janela. De repente eu me animo. Será? Quando eu abro a janela, observo o campo abaixo, onde ele está? Eu o vejo atrás de uma árvore.
  Nesse momento, eu descido que tenho que sai de casa, mas após o acontecimento de ontem eu acho melhor que minha mãe não saiba. Eu saio do meu quarto e desço sorrateiramente as escadas. Vejo meus pais no sofá num cômodo ao lado.  Sem barulho algum, saio de casa e corro até a floresta. Quando lá cheguei,  vasculhei o lugar a procura de Sam com os olhos até que ele apareceu de repente na minha frente.   Eu o abracei feliz.
— Pensei que nunca mais você te ver!
— Eu afirmo animada.
— Pensou! Então sentiu falta de mim!
— Ele sorrir, um sorriso gentil.
— Falou para os seus pais.
— minha mãe... Ela não gostou nada!
Abaixando a cabeça e muito triste. Sam se  aproxima e levanta a minha cabeça com uma das mãos.
—Ei... Ela vai deixar, basta tentar novamente!
— Ele olha para mim com um olhar de esperança.
— não... Ela agiu feito uma louca.
— Só lágrimas eram minha resposta
— Ei... Ele me abraça novamente e depois olha para o céu enquanto pássaros grasnam.
— Você vai fugir!
— Sam diz firme.
— Como assim! Fugir de casa? Pergunto assustada.
—Eu te encontro hoje as 12 horas da noite!
— Ele diz calmamente.
— Onde... Onde eu vou ficar?
— Isso está me assustando e ao mesmo tempo me motivando, vou poder fugir dessa prisão que é minha casa e ter a chance de explorar o mundo!
— Isso não é o mais importante!
— Ele fala com a maior calma.
— Como assim não é importante? Sam!
Agora tremendo.
— Você vai ser livre, seus pais são o que te prende a esse lugar e te afastam do mundo!
— Ele responde sorrindo.
— Hoje ás 12 da noite, certo!
Sem nenhuma lágrima mais e bem mais calma. Ele desaparece na floresta, estou sozinha. O despertador me acordou às 11h e 50 minutos, eu me levantei da cama sonolenta, peguei minhas roupas, comidas que eu peguei no armário, depois coloquei tudo numa bolsa.
  Tudo está pronto. Visto um casaco, coloco calças e um tênis. Depois de amarrar o cabelo e coloca a bolsa nas costas. Assim que sai do quarto, fechei a porta calmamente, ando pelo corredor e depois desço as escadas. Então em frente à escada eu vejo a porta da saída, eu ando até ela, encosto os dedos na porta e depois aperto a maçaneta.    Posso sentir a alegria de Sam a me ver, saindo de casa  e correndo até seus braços. Eu desço as escadas com um pouco de pressa e chego à porta, naquele momento, não consigo andar!
  Nessa casa eu nasci!
  Nessa casa eu cresci!
  Eu dei meus primeiros passos nessa casa!
  Evolui nessa casa.
  Fui feliz nessa casa
  E hoje, é dessa casa que eu vou fugir!
  Eu me aproximo da porta, minha mãe vai me odiar!
— Talvez seja verdade!
— E ouvindo sua voz na minha mente.
  Engano meu, porque ela está atrás de mim! 
  Eu me viro lentamente, e meus olhos encontram seus olhos furiosos. Ela me encara, está usando uma calça larga e rasgada, com uma blusa branca. Ela se aproxima de mim e percebo que está com uma mão atrás das costas como se tivesse escondendo um buquê de rosas.
— Sempre ah uma grande reviravolta quando a vilã acredita que conseguiu vencer a boazinha, ou digamos rebelde.
— Está com olhos furiosos, mas um sorriso malicioso!
  Ela está a 50 centímetros de distancia de mim.
— Nunca te contei porque eu fugi do mundo e te escondi dele.
— Ela fica a 30 metros.
— 7 meses antes de você nascer, seu pai estava trabalhando e eu estava voltando para casa, tudo era normal. Mas adivinha o que aconteceu!
— Ela sorri furiosamente e olhando fixamente para mim.
— Eu fui atacada por 4 homens, eles tentaram me roubar! Nem ligaram para o motivo eu estava grávida, o que eles estavam levando era o último vestígio de dinheiro que me sobrou, após ter sido despedida!
 — Ela berra tudo.
— Eu tentei impedir e então eles me atacaram, me espancaram e me abateram, pensei que fosse sofre um aborto e te perder, você é a pessoa mais importante para mim.
— Mãe...
— Depois foram embora, a partir dai percebi o problema no mundo, muitas pessoas estavam escondidas e nem pensaram em me ajudar, se acovardaram.
— Ela começa a chorar.
— Eu fui má, mas não quero que vá embora, não quero te perder!
— Mãe, você está me prendendo, sabe... Eu queria ir à escola, ter amigos e conhecer coisas diferentes.
— Eu admito com os olhos molhados. — Eu não quero ficar presa aqui.
— Tudo bem!
— Ela sorrir.
— Você tem minha permissão para ir!
  Eu me afasto dela e pego a bolsa, quando chego à porta.
— Eu nunca conseguiria te mostrar o mundo, mas te dou a oportunidade!
— Ela murmura.
  Olha para ela e depois passo pela porta já aberta. Pude ver seu único sinal de orgulho.
  Quando chego à floresta, encontro Sam parado e olhando para mim, muito sonolento, mas acordado.
— Pronta?
— Ele pergunta.
— Sim, juntos.
— Eu pergunto animada.
— Juntos para sempre!
  Quem descobre o mundo é você!






2 comentários: